É de João Paulo II a observação de que a língua portuguesa é a única a preservar os nomes cristãos dos dias da semana: segunda-feira, terça-feira etc.: In Lusitano sermone verba similia reperiuntur (Carta apostólica Dies Domini, Nota 22). De acordo com o espírito pastoral do papa Gregório Magno (morto em 604), o cristianismo podia fazer concessões em aspectos acidentais para a conversão dos povos bárbaros, e assim a Páscoa cristã em inglês e alemão leva o nome de uma divindade pagã: Easterl Oster.
Do mesmo modo, os nomes dos dias da semana em outras línguas europeias remetem a divindades pagãs/planetárias, latinas ou bárbaras. Segunda-feira é o dia da lua (lunes, lunedi, lundi, monday, montag); terça é dedicada a Marte; quarta, a Mercúrio (ou a Odin, wednesday); quinta, a Thor (thursday) ou a Júpiter/Jove, ao trovão (Donnerstag); sexta, a Vênus ou Freya. O sábado e o domingo preservam em algumas línguas nomes cristãos ou são dedicados a Saturno (saturday) ou ao Sol (sonntag, sunday).
Mas o que têm nossas feiras (segunda, terça etc.) de cristão? Feria em latim é a palavra para "festa". Como faz notar o teólogo Josef Pascher: para a liturgia, todo dia é dia de festa e, por isso, a liturgia chama o dia comum (que não é comum: é sempre de festa) de feria...
Festa porque o culto cristão – o sacrifício de Cristo, a Santa Missa – se realiza em meio à criação: toda a criação é em cada missa – por Cristo, com Cristo e em Cristo – oferecida ao Pai. Assim a liturgia fala em feria, em festa, porque, em vez das superstições dos astros, celebra a Cristo.
Comentando o Salmo 93 (En. In Ps. 93, 3), S. Agostinho diz: "o primeiro dia depois do sábado é o domingo, dia do Senhor; o segundo é a secunda feria, à que os profanos chamam Lunae diem; a tertia feria, diem illi Martis; a quarta feria é o que os pagãos chamam de dia de Mercúrio (...).
S. Tomás de Aquino ensina (Super Ev. Io. cp 20 lc 1) que o domingo é a "primeira feira", prima feria, por causa da Páscoa: assim como o Gênesis começa com o dia, a Páscoa em que principia o mistério da nova criatura e se renova a face da terra é o Dia, a Feria.
Do mesmo modo, os nomes dos dias da semana em outras línguas europeias remetem a divindades pagãs/planetárias, latinas ou bárbaras. Segunda-feira é o dia da lua (lunes, lunedi, lundi, monday, montag); terça é dedicada a Marte; quarta, a Mercúrio (ou a Odin, wednesday); quinta, a Thor (thursday) ou a Júpiter/Jove, ao trovão (Donnerstag); sexta, a Vênus ou Freya. O sábado e o domingo preservam em algumas línguas nomes cristãos ou são dedicados a Saturno (saturday) ou ao Sol (sonntag, sunday).
Mas o que têm nossas feiras (segunda, terça etc.) de cristão? Feria em latim é a palavra para "festa". Como faz notar o teólogo Josef Pascher: para a liturgia, todo dia é dia de festa e, por isso, a liturgia chama o dia comum (que não é comum: é sempre de festa) de feria...
Festa porque o culto cristão – o sacrifício de Cristo, a Santa Missa – se realiza em meio à criação: toda a criação é em cada missa – por Cristo, com Cristo e em Cristo – oferecida ao Pai. Assim a liturgia fala em feria, em festa, porque, em vez das superstições dos astros, celebra a Cristo.
Comentando o Salmo 93 (En. In Ps. 93, 3), S. Agostinho diz: "o primeiro dia depois do sábado é o domingo, dia do Senhor; o segundo é a secunda feria, à que os profanos chamam Lunae diem; a tertia feria, diem illi Martis; a quarta feria é o que os pagãos chamam de dia de Mercúrio (...).
S. Tomás de Aquino ensina (Super Ev. Io. cp 20 lc 1) que o domingo é a "primeira feira", prima feria, por causa da Páscoa: assim como o Gênesis começa com o dia, a Páscoa em que principia o mistério da nova criatura e se renova a face da terra é o Dia, a Feria.
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